quinta-feira, 30 de junho de 2016

Cartas de Oswaldo Cruz e Família Guardam Testemunhos Sobre a I Guerra na Europa

Passagens compradas com antecedência, hotéis reservados e malas feitas. Planejar uma viagem internacional com toda a antecedência que a prudência recomenda não garante imunidade a imprevistos. Ver-se de alguma forma sem dinheiro em um pais estrangeiro não é um contratempo difícil de se imaginar. Prever deparar-se com a eclosão do maior conflito bélico já visto no mundo, no entanto, já requer uma capacidade de imaginação bem mais aguçada. Quando cruzou o Atlântico rumo a Paris em junho de 1914, Oswaldo Cruz dificilmente imaginava que estaria prestes a viver esses dois episódios.

Acompanhado por dez familiares e parentes - incluindo a mulher, Emilia, a filha mais velha, Lizeta, com o marido, a sogra e os filhos Oswaldo Cruz Filho e Walter Oswaldo Cruz -, o cientista deixou o Rio de Janeiro com a missão de conduzir pesquisas em instituições europeias e ampliar o leque de cooperações estrangeiras do Instituto Oswaldo Cruz. “Ele chega a Paris, depara-se com um clima de pré-guerra e não consegue trocar dinheiro nos bancos. Ele já não tinha dinheiro para mais nada, o que o deixou preocupado”, afirma a pesquisadora Ana Luce Girão, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).


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